Na fé que as últimas cabeças de gado que ainda restam possam escapar, até que a chuva chegue, um criador de Ponto Novo, norte da Bahia, está mandando seu pequeno rebanho para o extremo oeste do Estado. Laurindo Souza Macedo, 76 anos, chegou ao limite com a sua criação de bovinos que sofre com a forte estiagem e decidiu levar toda criação para uma região onde as condições climáticas são mais favoráveis a sobrevivência dos animais.
Para não contabilizar mais mortes Laurindo preferiu mandar para o município de Correntina, às 29 vacas que sobreviveram à falta de chuva e alimento. “a torta (ração para nutrição do animal) está por R$ 55, à gente vem lutando e não tem como agüentar mais.” Disse o criador que sonha breve ter de volta os animais em sua propriedade que ironicamente leva o nome de Fazenda Verde.
O sertanejo que perdeu 11 vacas nos últimos dias em conseqüência da seca vai ter que desembolsar R$ 2 mil para transportar o gado até o município de Correntina, que fica a 817 km de Ponto Novo. O gasto com o uso da pastagem por cada animal será de R$ 30,00 mensalmente.
Levar estes animais para longas viagens é arriscado, diz a veterinária Carolina Batatinha “geralmente os animais são muito maltratados, passam fome, sede, levam chuva e sol sem falar que o grande desconforto da viagem fragiliza o animal”. Afirmou a veterinária que também fez questão de lembra que para este tipo de transporte é necessário a liberação da Guia de Transito de Animal (GTA). Em nosso estado o documento é autorizado pela Agência Estadual de defesa Agropecuária (ADAB)
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