OFICINA UZYNA UZONA DESFILA NA NENê DE VILA MATILDE
A Escola de Samba “Nenê de Vila Matilde” convida o Teatro Oficina Uzyna Uzona para contar no enredo, “Da Revolta dos Búzios à Atualidade / Nenê Canta a Igualdade”, na “Ala” que leva o nome da Cidadela de “Canudos”, protagonista da Guerra que levou seu nome ao mundo nesta que foi a 1ª Guerra Telegrafada.
Leia a letra e ouça o Samba Enredo da Nenê aqui
O Exército Militarista da República Velha foi vencido em muitas de suas tentativas de massacrar “Canudos” que não se rendeu, exemplo único em toda história*.
Mesmo destruídas pelo fogo suas 25.000 casas e seus moradores em luta, Canudos ainda hoje é uma Uzina de Energia que reforça as lutas dos povos do mundo por autonomia, liberdade e igualdade.
Essa Epopéia desfilará trazendo imagens em movimento teat®al incorporadas e acionadas por atuadores e Alegorias no Carnaval de 2013 – no Sambódromo de São Paulo.
Zé Celso incorpora Antônio Conselheiro, líder que emerge da(o)s protagonistas de Coros Sertanejos e de Mandrágoras Zabaneiras** em luta pela construção de uma cidade nova e livre. O que queremos pra SamPã em 2013.
Ontem, hoje,”Canudos” alimenta os sentimentos, ações por “igualdade e liberdade” daqueles que decidem não se submeter ao domínio do Poder Burocrático Militar Mercadológico, Fundamentalista Religioso dos “Podres Poderes” da República NoVélha.
O Teatro Oficina, na rua Jaceguai, em tupy = Come-Cabeça, entra no Sambódromo com a força vinda da sua batalha pela re-construção do BIXIGA – onde há mais de 50 anos fabrica Teat®o para desfilar o tema “Os Sertões de Canudos”- tema da Ala em que desfilará cantando -dançando, vivendo os “Bodes” os “Tabus” do Passado-Futuro-Presente da Cidade, do Brasil e do Mundo na arte da transformação dos poderes humanos.
Em 2013 o Oficina Uzyna Uzona deseja, neste Carnaval, que a luta de Canudos inspire a todos que amam a igualdade e a liberdade para que entrem em ação com o Oficina Uzyna Uzona afim de que a Troca que Silvio Santos propõe de seu Terreno no Entorno do Oficina – agora tombado pelo IPHAN – por outro da União, do mesmo valor, seja realizada o mais rápido possivel.
Entramos com um requerimento oficial protocolado junto ao MINCa Ministra da Cultura Marta Suplicy pra que lidere juntamente com o novo Prefeito de São Paulo Fernando Haddad e seu Secretário da Cultura Juca Ferreira o agenciamento desta Troca a tempo de realizarmos juntos com a Multidão Carnavalesca a “Copa da Cultura da Transversalidade de 2014”, sincronizada com a de Futebol, no
”Teatro de Estádio Oswald de Andrade”, que faz parte do
“Anhangabaú da Feliz Cidade” – Complexo Urbano de reerguimento do BIXIGA.
Com esta negociação realizada começa a se completar o Projeto Urbano para o Teat®o Oficina de Lina Bardi um dos maiores arquitetos do século XX. Neste suspense desfilamos abrindo a atuação à Multidão.
Euclides da Cunha, vivido por Marcelo Drummond, traz no Sambódromo de SamPã o primeiro poeta do primeiro Apocalipse Now: Euclides da Cunha.
O Jornalista Poeta foi a “Canudos” pra fazer uma reportagem “in loco” pro jornal “Estado de São Paulo”, acompanhando o Exército, desejoso também de reportar a destruição de “Canudos”.
Euclides teve uma “virada de cabeça” súbita no contato com o coro de “selvagens” guerrilheiros e cantadores da caatinga e a violência do Exército degolando prisioneiros que não clamassem “Viva a Republica!“.
Ele havia descoberto o ”Outro” Brasil, o “País de Dentro”. Livrou-se do positivismo e anunciou em sua Obra Prima esculpida em letras de pedra a chegada do povo libertário brasileiro na história mundial.
A Nenê será a primeira escola a desfilar pelo grupo especial no sábado de Carnaval. Os ensaios gerais coreografados pelo Ator doTeat®o Oficina Uzyna Uzona e diretor artístico da Nenê, Marcio Telles, já estão ocorrendo no Teatro Oficina.
Os ensaios são abertos para o Coro da Multidão atuar no Oficina voando e mergulhando nas asas da Águia do Samba de São Paulo retransmitindo ao Globo a Paradoxal Derrota da Cidade Massacrada de “Canudos”.
*texto quase final de Euclide da Cunha em “Os Sertões”
**as Mandrágoras nascidas do esperma da decapitação de 200 cabeças de revoltosos da repressão republicana comandada por Floriano Peixoto que hoje dá o nome a Cidade de Floriano = Florianópolis – em homenagem a este massacre lá ocorido. As Mandrágoras, seguindo as aves, foram parar em Canudos como Zabaneiras-espiãs dos Conselheristas dentro do Exército, onde desempenhavam o papel de putas dos batalhões.
Saca só:
Ensaios: dia 14, 15h
dia 19, 16h
dia 20 (domingo, 15h, este na quadra da Nenê)
dia 21 a 24 – ensaios diários, 18h
dia 25 – Festa de Lançamento da Ala, com a presença Revista do Samba e da Bateria da Nenê
dia 28/01 – Ensaio cheio de técnica no sambódromo
dia 2 de fevereiro (dia de Iemanjá!) – Último ensaio técnico no sambódromo.
