Sindicato dos Jornalistas publica manifesto contra a Record Rio

Rogério Forcolen (foto) é o destaque da Record Rio

Rogério Forcolen (foto) é o destaque da Record Rio

O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro publicou em seu site oficial um editorial repudiando supostas medidas da Record Rio. No texto, o Sindicato relata que jornalistas da emissora teriam tido suas férias canceladas sem prévio aviso, apesar de já estarem com viagens marcadas. Tal medida, segundo o Sindicato, infringiria a Legislação, que prevê que o benefício de férias remuneradas seja concedido anualmente.

O Sindicato também denuncia que auxiliares de câmera estariam sendo obrigados a atuar como motoristas, mesmo sem terem nenhuma experiência na função e sem receber pelo trabalho extra. Por fim, o texto prevê que uma nova demissão em massa será promovida pela Record ainda no mês de março.

A manifestação do Sindicato foi noticiada pelo colunista Flávio Ricco (UOL). Em nota, a Record afirmou que “a decisão é uma questão administrativa interna e estratégica. Todos vão tirar as férias dentro do período correto e permitido por lei, sem prejuízo para o funcionário que já havia se programado anteriormente.”

Leia o manifesto na íntegra:

Os engravatados que administram a Record Rio não respeitam mesmo os trabalhadores da empresa. Relatos de jornalistas dão conta de que o departamento de Recursos Humanos da emissora cortou as férias já agendadas de profissionais da redação – muitos, inclusive, com viagens marcadas. “Na última sexta-feira (1º de março), um email do RH dizia que as pessoas não poderiam tirar férias antes de chegar próximo do prazo de vencer duas férias”, relata um empregado da Record Rio. Na prática, muitos funcionários vão trabalhar quase dois anos sem o descanso previsto em lei. Apenas os que tinham período programado para março garantiram seu direito. “É um email ardiloso, que vem com informes, como aula laboral. A última coisa é essa notícia sobre as férias”, relata um jornalista. Essa medida arbitrária da emissora do bispo Edir Macedo acontece após a empresa tirar o pagamento dobrado de feriados e alterar a escala do final de semana dos jornalistas. Para piorar, de acordo com relatos, os auxiliares de câmera (radialistas) agora são obrigados a atuar também como motoristas – sem qualquer experiência na função. Enquanto isso, as demissões a conta-gotas não param. Em 2012, foram dispensados 14 jornalistas. Para esta semana, boatos dão conta de que sete equipes de reportagens – com repórter, repórter cinematográfico e auxiliar de câmera – podem ser demitidas. Isso acabou acentuando o clima péssimo na redação, sem condições de trabalho.

na redação, sem condições de trabalho.

Fonte: Rd1 por Arthur Vivaqua