Histórias que o tempo não apaga: quando o ex-dono da Mineração Caraiba foi barrado no baile de Carnaval do Bahiano de Tênis

 barrado

Em 1959 o Play Boy e milionário Baby Pignatari, um dos sobrinhos-netos ilustres do Comendador Matarazzo, então na paquera da bela Ana Maria Carvalho, eleita Miss Bahia no ano anterior, resolveu brincar com amigos no badalado baile da segunda feira de Carnaval do Clube Bahiano de Tênis. Acostumado a circular com facilidade pelos mais exigentes e exclusivos ambientes do mundo, o milionário custou a acreditar quando Waldir, administrador do Clube, o informou de que não poderia entrar pois não era sócio. Irritado o magnata provocou “Quanto vale este clube? Eu quero comprar”. O funcionário não se intimodou: “Não está a venda senhor”.

O episódio não passou desapercebido para a imprensa. O recêm fundado Jornal da Bahia registrou em manchete o acontecimento que marcou para sempre o clube e os seus protagonistas. Pignatari não era um milionário qualquer, além de dinheiro exibia-se na mídia com as mais belas mulheres do mundo, atrizes de hollywood, e com os seus talentos para o esporte;chegou a disputar as corridas de automobilismo de Le Mans e Silverstone e era paparicado em todos os paises que visitava a negócios, ou por lazer.

Era um autêntico show-man, presente nas colunas sociais e nas revistas semanais, fazia parte do seleto grupo dos grandes play boys internacionais ao lado de Porfirio Rubirosa, Aristoteles Onassis, Ali Khan ou Howard Hugges. Pignatari acabou por estreitar os seus laços com a Bahia  adquirindo a mina de cobre da Caraiba Metais. Faleceu em 1977, quase vinte anos depóis de ter sido barrado no baile.