“Alto Astral” busca imprimir suavidade desde seu logotipo
Já faz um bom tempo que a Rede Globo vem fazendo de um tudo, se esforçando ao máximo, para tirar do ostracismo a sua faixa horária das telenovelas das 19 horas que, ao meu ver, não vem gerando lá um grande impacto nos telespectadores desde os áureos tempos da novela “Cheias de Charme”, em 2012.
Depois do fiasco de público e de crítica de “Geração Brasil”, a emissora levou ao ar na noite desta segunda-feira (03) o primeiro capítulo da sua nova aposta para superar os baixos índices de audiência, a novela “Alto Astral”.
Escrita por Daniel Ortiz, com direção de Jorge Fernando, e contando com um elenco que mistura nomes consagrados com novos rostos, pelo menos para o grande público, a trama com forte teor espiritualista teve seu início marcado por cenas bem produzidas de acidentes, como a queda e explosão de um jatinho onde Maria Inês (Christiane Torloni) e seus filhos Carlos Henrique (Sergio Guizé) e Marcos (Thiago Lacerda) viajavam; além de momentos divertidos, como a “previsão” forjada por Samantha (Claudia Raia) sobre a queda de uma ponte, devidamente providenciada pela mesma, em uma tentativa de retornar à mídia como a vidente famosa de tempos atrás, dentro da trama.
Sequência com clima cinematográfico de acidente aéreo
Em linhas gerais, “Alto Astral” se mostrou uma tentativa clássica, simples, trivial e bem executada de agradar os olhos mais “tradicionais” dos noveleiros de plantão. Pra mim, a princípio, não me gerou grandes expectativas, tampouco me surpreendeu. É como uma calça jeans: útil e básica.
Nathalia Dill e Sergio Guizé formam o par romântico “predestinado” na novela
Mas, da mesma forma que o primeiro capítulo de “Geração Brasil” gerou um alvoroço cheio de esperanças que, capítulo após capítulo, foi caindo por terra, por que não esperar que as próximas cenas de “Alto Astral” possam cativar mais e criar um enredo envolvente, divertido e leve, como uma boa novela das 19 horas deve, em suma, ser.RD1
