Será que a água da Barragem de Ponto Novo é própria para o consumo humano?

Barragem de Ponto Novo 3
Barragem pequena em Ponto Novo. Foto: Blog do Tino
 A Barragem de Ponto Novo está virando uma mina de ouro, cobiçada por muita gente, políticos e autoridades baianas. O baixo nível da água não é suficiente para diminuir o interesse do Governo e de empresas como a Embasa, que está abastecendo cidades como Senhor do Bonfim e Jaguarari, através de caminhões pipa, abastecidos com as águas do Reservatório de Ponto Novo.

 As chuvas de janeiro serviram para aumentar o nível da água em pouco mais de 2 metros, contudo, não foram suficientes para enchê-la e fazê-la transbordar. É exatamente aí que mora o problema: sabe-se que a longa estiagem tem provocado a morte de muitos animais, muitos deles às margens do Rio Itapicuru, bem como de seus afluentes. Além disso, informações chegam a todo momento que rejeitos e resíduos industriais estão sendo despejados diretamente no rio, no município de Pindobaçu, e tudo isso, aliado às chuvas que arrastaram-no para a Barragem de Ponto Novo, levanta uma questão, que deveria ser respondida e comprovada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento – Embasa, ou especialistas contratados pelo Poder Público Municipal, se fosse o caso: A ÁGUA DA BARRAGEM DE PONTO NOVO É/ESTÁ PRÓPRIA PARA O CONSUMO HUMANO?
Foto: Blog do Tino
Foto: Blog do Tino

Como as chuvas não fizeram a Barragem transbordar, a água, bem como toda imundície por ela trazida, acumulou lá, e parte dela abastece muitas pessoas (ribeirinhos) sem sequer passar por algum tratamento; a outra parte a Embasa trata e distribui para as cidades de Ponto Novo, Filadélfia e Caldeirão Grande, e, recentemente, para Senhor do Bonfim e Jaguarari.

Por aqui, muitas pessoas já pararam de beber da água que cai nas torneiras por não saber se a qualidade é ideal e passaram a comprar água mineral, que deve sofrer um forte aumento nos próximos dias em consequência da grande demanda.
Resumindo, a situação dos moradores da região é crítica e beira o desespero. Sem previsão de chuvas para os próximos meses, os sertanejos começam a vivenciar a letra da música “Asa Branca” de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, onde, para não morrer, um sertanejo sofredor deixa Rosinha, sua amada, e sua terra natal castigada pela seca, e migra para uma região mais próspera. Distante muitas léguas, espera a chuva cair de novo para poder voltar.
O futuro do povo de Ponto Novo e região é incerto. Sabe-se que se não chover nos próximos dias, a paralisação da irrigação aliada ao desemprego, vai provocar um estado de calamidade pública jamais vivenciado pela maioria dos moradores da região, uma vez que esta, é a maior seca dos últimos 40 anos.
Portal Ponto Novo

 

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