Empresas estão mais perto de imprimir órgãos humanos em 3D

Réplicas podem ser utilizadas para facilitar diagnósticos e discutir estratégias de tratamento a partir de modelos em tamanho real

Prótese da Materialise recria partes estruturais do corpo humano que estão faltando Foto: Yves Herman / Reuters
Prótese da Materialise recria partes estruturais do corpo humano que estão faltando Foto: Yves Herman / Reuters

Corações e próteses são os mais recentes experimentos com impressões 3D que apontam para o dia em que órgãos humanos poderão ser feitos em impressoras 3D.

Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA), entidade americana responsável, entre outras coisas, pelo uso de equipamentos médicos no país, aprovou o primeiro polímero não metálico impresso em 3D para implante em seres humanos. É um modelo que se ajusta ao órgão do paciente, em vez de ser uma prótese aproximada. O material é desenvolvido pela Oxford Performance Materials

Coração em 3D pode ajudar em diagnósticos Foto: Materialise.com / Reprodução
Coração em 3D pode ajudar em diagnósticos Foto: Materialise.com / Reprodução

Além desta empresa, a Materialise também oferece modelos anatomicamente exatos de corações impressos em 3D. O sistema da empresa cria os modelos em três dimensões a partir de exames dos pacientes e então reproduz em tamanho real o órgão. O produto da Materialise não é feito para implantes.

Ainda que não substituam os órgãos humanos, as réplicas podem auxiliar no diagnóstico e na localização de problemas perceptíveis na estrutura do coração.

Tecnologia 3D pode colaborar com a medicina Foto: Yves Herman / Reuters
Tecnologia 3D pode colaborar com a medicina Foto: Yves Herman / Reuters

No caso da Materialise, além do trabalho com o coração, a empresa possui um modelo dedicado à anaplastologia (restauração de estruturas corporais). Num dos casos, uma peça para uso na face de um paciente foi projetada.

Apesar de não poderem ser usados como órgãos ou implantados no corpo, o presidente da Materialise, Wilfried Vancraen, declarou recentemente que algumas impressoras já permitem misturar diferentes materiais: rígidos, suaves e de variadas densidades. “Essa é a característica mais inexplorada, mas também a mais difícil de realmente se usar bem”, disse Vancraen.

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