Elmar Nascimento rebate Florence e chama metrô de ‘maior roubo da história da Bahia’

Líder da oposição rebate Florence e chama metrô de 'maior roubo da história da Bahia'
Foto: Tiago Melo/ Bahia Notícias

A declaração do deputado federal Afonso Florence (PT), de que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), “não pode atrapalhar” a construção do metrô da Avenida Paralela, causou estranheza ao líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia. De acordo com Elmar Nascimento (PR), a relação entre os atores envolvidos no processo de autorização do início das obras destoa do argumento do petista. “As demonstrações públicas, tanto do governador Jaques Wagner e do secretário Rui Costa [Relações Institucionais] quanto do prefeito ACM Neto e do secretário Aleluia, são de perfeita harmonia. Ele seria a pessoa menos adequada a comentar o assunto, pois passou um mandato inteiro como secretário de Desenvolvimento Urbano, inclusive quando o prefeito [João Henrique] era aliado, e não moveu uma palha para o metrô funcionar”, opinou o republicano, em entrevista ao Bahia Notícias. Ele lembrou da redução do percurso original do chamado “metrô calça-curta” de 12 para seis quilômetros ainda na gestão do ex-presidente Lula. “Ele tinha como líder do governo o deputado [Nelson] Pelegrino. Concordo com Florence que o metrô foi o maior roubo da história. Por isso tentamos implantar uma CPI que foi boicotada pela própria bancada do governo na Assembleia”, acusou. O chefe da minoria questionou ainda a atuação de Florence na época em que foi ministro do Desenvolvimento Agrário. Para ele, a pasta não ajudou o estado a enfrentar a maior seca de todos os tempos. “Se alguma ação de prevenção fosse tomada à época, talvez não houvesse o prejuízo que houve. Ele, que gosta tanto de aparecer na imprensa, precisa inclusive explicar porque foi demitido, em situação inexplicável, tido como incompetente”, julgou Nascimento. O oposicionista fez um convite ao ex-ministro e disse que a bancada de oposição está “à disposição” para ouvi-lo na Casa. “Para ele dizer o que fez para a mobilidade de Salvador. Aliás, também queremos ouvi-lo sobre a construção de unidades habitacionais, em convênio com o Instituto Brasil, assinado por ele, que era o secretário, e que ele até hoje não deu explicações sobre as denúncias de desvio de recursos públicos. Estamos aqui dispostos  a debater com ele. Ele deve explicações não só aos deputados, mas sobretudo à Bahia”, avaliou.

Fonte:Bahianoticias