Dois helicópteros vão atuar para combater incêndio na Serra da Fumaça

Dois helicópteros, contratados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), vão atuar para debelar o incêndio que atinge na Serra da Fumaça, no município de Pindobaçu. Até o momento, já foram consumidos mais de 6 mil hectares de floresta, de acordo com o departamento do Meio Ambiente da cidade. O sargento Marcelo Diniz, do Grupamento de Bombeiros Militares de Senhor do Bonfim, afirma que o incêndio teve início na manhã da última quinta-feira e ainda não há a confirmação de que o foco inicial das chamas foi provocado por um acidente ou por ação criminosa.
Seis bombeiros de Senhor do Bonfim começaram a debelar as chamas com o apoio de cerca de 30 outros homens de Pindobaçu. A informação da utilização dos helicópteros foi dada pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, ao deputado Carlos Brasileiro, que também requisitou apoio do governo.

Andrea Damasceno, engenheira ambiental do departamento de Meio Ambiente do município, afirma que um grupo de combate vem atuando no local, e é formado por voluntários, brigadistas e membros da Guarda Municipal da cidade, além de motociclistas que não vivem na cidade, mas que têm conhecimento da Serra da Fumaça. A prefeitura de Pindobaçu também disponibilizou viaturas do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), enfermeiros e transporte para a equipe, a fim de ajudar na logística e segurança dos brigadistas.
Na segunda-feira (11), o sargento Diniz percebeu que o grupo de quase quarenta pessoas não estava conseguindo controlar o incêndio e pediu apoio ao Grupamento de Bombeiros Militares de Juazeiro, que enviou mais 10 homens para ajudar as chamas. Com a ajuda, ele afirma que foi possível cercar o incêndio e prevenir que outras áreas fossem afetadas através da irrigação do solo ao redor das chamas. “O incêndio começou em uma região em que a vegetação está muito seca. Conseguimos controlar um dos lados da serra, mas ainda existem focos menores de incêndio florestal”, afirma o sargento.
A engenheira ambiental Andrea Damaceno acompanhou o trabalho de combate ao fogo e esclarece que não houve nenhuma vítima e que nenhuma construção foi destruída pelas chamas, mas houve uma perda para a biodiversidade no local. “É uma região muito rica, houve uma perda muito grande de uma vegetação bem diversificada”, disse, “Tínhamos uma região com espécies de orquídeas e também ninhos da águia-chilena”.
Ela salienta que diversos animais conseguiram fugir do incêndio, mas que não sabe se algum dia tornarão a habitar o local. Dentre os animais mais afetados, ela cita que inúmeras cobras foram encontradas em chamas, em virtude do seu comportamento natural de não fugir e tentar enfrentar as adversidades. (Com informações do Correio)