Bahiafarma recebe sinal verde para quebrar monopólio sobre venda de insulina

efeitos-colaterais-da-insulina09-thumb-570

A Bahiafarma recebeu sinal verde do Ministério da Saúde para quebrar o monopólio das companhias estrangeiras sobre a venda de insulina destinada aos portadores de diabetes atendidos pelo SUS. Às vésperas do Carnaval, o ministro Ricardo Barros autorizou o laboratório farmacêutico do governo estadual a firmar Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) com a empresa ucraniana Indar, voltada à fabricação no Brasil de insulina de origem animal e dos chamados análogos, criados através de engenharia genética. A PDP, que obriga a Indar a transferir para a Bahiafarma a cadeia tecnológica usada na produção, é o primeiro passo para resolver as constantes faltas de insulina nas unidades públicas de saúde em todo território nacional, um dos mais graves problemas enfrentados atualmente pelo SUS. Somente os portadores de diabetes tipo 1, dependentes regulares de insulina,  representam hoje um universo de 600 mil brasileiros, volta e meia prejudicados pelas crises no abastecimento.

Chega pra lá
A decisão do ministro da Saúde põe fim ao atraso nos projetos para produção de insulina que estavam concentrados na Fiocruz desde 2013. “A demora da Fiocruz nos fez entrar no jogo. Estávamos desde o início de novembro do ano passado em negociações como ministério, ansioso para romper, o mais rápido possível, esse domínio das multinacionais sobre a comercialização de insulina e análogos para o Brasil, algo extramente prejudicial para os portadores de diabetes e para os cofres do SUS”, disse o diretor-presidente da Bahiafarna, Ronaldo Dias. Sem fabricação nacional da gama de insulinas, o governo é obrigado a pagar os altos preços cobrados pelos laboratórios estrangeiros sobre seus produtos importados.

Noivo cobiçado
Pré-candidato a presidente na sucessão de 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quer atrair o senador Otto Alencar (PSD) para a vaga de vice em sua chapa. Para os estratégistas políticos do tucano, a dobradinha com um nome de expressão no Nordeste é vista como essencial para impulsionar Alckmin na região, onde o tucano tem os menores índices de intenção de voto. A ofensiva conta com apoio do ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, interessado em ter o posto de número dois do Planalto sob controle do partido em uma eventual vitória do paulista. Ao mesmo tempo, a candidatura de Otto a vice tiraria o parlamentar da disputa pelo governo do estado e quebraria a espinha dorsal da base aliada ao PT na Bahia. Cenário que beneficia  diretamente o DEM.

Aspas
“Infelizmente, sempre distorcem minhas declarações. Se ofendi alguém, com humildade, peço desculpas”, Igor Kannario, cantor, compositor e vereador da capital pelo PHS, sobre a polêmica declaração em que cita a existência de tentáculos do crime organizado na Câmara de Salvador, disparada durante sua apresentação no Carnaval

Conta de multiplicar
A carreira política fez bem ao patrimônio do ex-ministro Jaques Wagner (PT), novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. Na eleição para o governo baiano em 2010, os bens declarados por Wagner à Justiça somavam aproximadamente R$ 820 mil. Sete anos depois, pularam para mais de R$ 2,39 milhões, valor três vezes maior, segundo informações cedidas por ele após tomar posse na pasta.

Tranca no cofre
Já a declaração de bens entregue recentemente pelo secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Fernando Torres, não apresenta alterações significativas quando comparada com a de 2014, mas traz um detalhe curioso. Na campanha daquele ano, o deputado licenciado do PSD informou a Justiça Eleitoral possuir em mãos R$ 3,23 milhões em espécie. Hoje, a soma permanece exatamente a mesma.

Fonte: Correio24horas