Unesco pede investigação do assassinato de Toninho Locutor, radialista da Bahia

Brasil está entre os 10 países do mundo com maior impunidade para assassinatos de jornalistas.
Brasil está entre os 10 países do mundo com maior impunidade para assassinatos de jornalistas.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, pediu às autoridades brasileiras que investiguem o assassinato do radialista Weverton Rabelo Fróes, conhecido como Toninho Locutor.

Ele foi morto por uma pessoa armada, na frente de sua casa, na cidade de Planaltino, a 300 km de Salvador, capital da Bahia.

Sociedade

O crime ocorreu em 4 de abril e o radialista tinha 32 anos.

O profissional apresentava um programa de humor na rádio local Antena 1.

Em comunicado, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, condenou o crime e instou as autoridades a esclarecerem o motivo do assassinato. Segundo ela, este é um crime contra um indivíduo e contra uma sociedade inteira.

A chefe da Unesco afirmou que nenhum país deve permitir a impunidade fortalecendo os que usam de violência e minam a liberdade de imprensa, o acesso à informação e o direito fundamental da liberdade de expressão.

Segundo a agência da ONU, Toninho Locutor era também o fundador da emissora local.

Segundo jornalista

A Unesco promove a segurança de jornalistas e outros profissionais da mídia através de uma série de ações que integram o Plano de Ação da ONU sobre Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade.

Uma outra entidade, a organização Repórteres sem Fronteiras, RSF, também condenou o assassinato do radialista da Bahia Weverton Rabelo Fróes dizendo que vários meios de comunicação no Brasil estão sendo alvos de ameaças e intimidações.

A RSF citou o assassinato de um outro profissional, José Bonfim Pitangueiras, também na Bahia.

Ele era produtor da TV Record e foi assassinado a tiros em 9 de abril numa rua de Salvador.