Um novo estudo propôs descobrir quanto tempo o corpo humano suporta envelhecer e chegou a conclusão de que humanos podem viver entre 120 e 150 anos, mas não mais do que esse “limite absoluto”.
A pesquisa liderada pela empresa de biotecnologia Gero, sediada em Cingapura, e publicada na última sexta-feira, 25, na revista Nature Communications utilizou modelos matemáticos para prever que, após 120 a 150 anos de idade, o corpo humano perderia totalmente sua capacidade de se recuperar de estresses como doenças e ferimentos, resultando na morte do organismo.
Essa resiliência — a capacidade de se recuperar de enfermidade — diminui à medida que as pessoas envelhecem, com uma pessoa de 80 anos exigindo três vezes mais tempo para se recuperar do estresse do que uma pessoa de 40 anos em média. “O envelhecimento em humanos exibe características universais comuns a sistemas complexos que operam à beira da desintegração”, disse Peter Fedichev, co-fundador e CEO da Gero, em um comunicado.
Como foi feito o estudo?
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão analisando dados de saúde de grandes grupos de pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia. Foram analisadas as contagens de células sanguíneas, bem como as contagens de passos registradas. Como as pessoas experimentaram diferentes fatores de estresse, as flutuações nas células sanguíneas e na contagem de passos mostraram que o tempo de recuperação aumentava conforme os indivíduos envelheciam.
Pessoa mais velha da história
Segundo o livro dos recordes, Guinness Book, a pessoa mais velha já conhecida foi a francesa Jeanne Louise Calment, que viveu até os 122 anos e 164 dias de idade. Ela morou durante toda a sua vida na cidade de Arles, no sul da França, e morreu depois de sua filha e do seu neto, em 1997.
