Sem os festejos juninos pelo 2º ano, Nordeste tem prejuízo de R$ 950 milhões

Devido à pandemia, a não celebração do São João já gerou perda de R$ 1,5 bilhão para o país, informou o Ministério do Turismo

Devido à pandemia causada pelo novo cronavírus o segundo ano sem a celebração do São João já gerou prejuízo de R$ 1,5 bilhão para o país, informou o Ministério do Turismo. Só o Nordeste perdeu cerca de R$ 950 milhões sem as festas tradicionais.

Para mitigar os impactos da pandemia, o governo de Pernambuco enviou um projeto de lei à Assembleia Legislativa com uma proposta de auxílio emergencial para os grupos e artistas contratados pelo estado no São João de 2018 ou 2019, com valores que variam de R$3 mil a R$15 mil.

Na Bahia, a União dos Prefeitos do Estado pediu ajuda à Bahia Tur, a Superintendência de Fomento ao Turismo, para que invista em lives durante o São João deste ano, que são aquelas apresentações on-line.

Já em Campina Grande, na Paraíba, considerado o maior São João do Mundo, a prefeitura vai fazer uma parceria com a iniciativa privada para promover uma “super live” em homenagem a Dominguinhos, com 40 artistas, no próximo 17 de junho, data que marca os oito anos da morte do cantor.

No Distrito Federal, além de transmissões ao vivo e apresentações em teatros, a Liga Independente de Quadrilhas Juninas local busca financiamento para fazer uma festa estilo drive-in, com o público protegido dentro dos carros.

O quadrilheiro Patrese Mendes disse que os grupos estão se reinventando e buscando formas seguras de se apresentar. O integrante da quadrilha Formiga da Roça, que já tem 25 anos de história, defende que a cultura junina deve se manter de alguma forma acesa neste ano. “Essa história tem peso e representa a história do nordeste do país”.