Do total de 1.816.882 desligamentos registrados em março, 603.136 foram voluntários
O levantamento foi feito pela LCA Consultores, que levou em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). E o resultado trata-se do maior número de demissões a pedido em um único mês desde janeiro de 2020, início da série histórica do Caged com a metodologia atual de contagem de vagas.
O setor que mais registrou pedidos de demissões em março foi o de alojamento e alimentação, seguido das atividades administrativas e serviços complementares. Os que menos registraram desligamentos voluntários foram o de organismos internacionais de outras instituições extraterritoriais, e de eletricidade e gás.
Em fevereiro, que era o recorde até então, foram 560.272 demissões voluntárias, de um total de 1.684.636, o que também equivale a 33,2%. Comparando o mês de março de 2021 com o deste ano, o aumento no pedido de demissões foi de 38%. Já em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento havia sido de 24%.
Possíveis motivos
O relatório levanta algumas hipóteses para tentar explicar essas demissões voluntárias. Uma delas é o fato de que os trabalhadores tentaram uma realocação em áreas com mais afinidade. Na pandemia, a tendência no mercado de trabalho era a ocupação de funções com menos proximidades para não ficar sem emprego.
A preferência por algum modelo de trabalho – presencial, híbrido ou home office– também pode contribuir para um pedido de demissão, avalia o relatório.