O fim da troca de arquivos está chegando

Enquanto muita gente se preparava para o Natal, esteve no Brasil na última semana o escritor Glyn Moody. Ele é autor do livro “Rebel Code” (Código Rebelde), que fala do surgimento do Linux e, de tabela, do movimento “código aberto”. Moody escreve para revistas como “Wired” e “The Economist”. Em palestra no Rio, fez exercícios de futurologia. Disse que o compartilhamento de arquivos pela internet pode estar com os dias contados. A razão não tem nada a ver com direitos autorais. Mas sim com a “lei de Moore”, que diz que o número de transistores em circuitos integrados dobra a cada dois anos. Um disco rígido hoje, com capacidade para armazenar um terabyte de informação, custa US$ 50 (cerca de R$ 105). Nele dá para armazenar 150 mil músicas em MP3. Graças à lei de Moore, em alguns anos um disco rígido terá um petabyte de informação e custará os mesmos US$ 50. Isso dá para armazenar todas as músicas que foram gravadas na história da humanidade (sem precisar comprimir em MP3). Quem esperar mais alguns anos poderá comprar um disco de um exabyte, suficiente para armazenar todos os filmes já produzidos. O que virá depois? Capacidade de armazenar toda a informação da internet na palma da mão? Poucos escritores de ficção científica arriscaram-se a descrever um mundo assim (um é o inglês Alastair Reynolds). Todos os filmes e músicas já feitos, em um único HD. Está aí um bom presente para o Natal de 2022.