Ministério Público suspeita que cena do incêndio foi alterada

 

Cena pode ter sido alterada, segundo promotora
Cena pode ter sido alterada, segundo promotora

Santa Maria  – A perícia realizada nesta segunda-feira no que sobrou da boate Kiss e voltou sem as principais provas, que podem dizer como foi a causa e as circunstâncias do incêndio que matou 231 pessoas, em Santa Maria.

A casa noturna tinha câmeras em quase todos os ambientes, mas nenhum dos equipamentos foi encontrado – apesar de os fios, muitos deles intactos, estarem no local. Os computadores que registravam a contabilidade, consumo de frequentadores e o total de pagantes também sumiram.

De acordo com a promotora Waleska Agostini, a suspeita é de essas provas tenham sido removidas no intervalo entre a morte dos jovens e o início do trabalho de perícia. “Havia a fiação, mas as câmeras e as imagens sumiram”, disse Waleska.

Apesar dos fortes indícios de que as câmeras foram intencionalmente removidas, Waleska, que é uma das responsáveis pela investigação da tragédia, diz não ter como afirmar categoricamente que isso ocorreu, nem atribuir culpa aos donos da boate. Em relação aos computadores, no entanto, a promotora foi taxativa.

“Os computadores da boate Kiss foram retirados antes da chegada da polícia. Os dois empresários presos e os músicos são suspeitos de adulteração de provas”, disse.

Segundo ela, as prisões foram pedidas pois havia a necessidade de afastar a chance de novas interferências na investigação.

 

fonte; jornalnh