Servidores da Cesta do Povo em Senhor do Bonfim paralisaram atividades em protesto contra privatização da empresa pelo Governo do Estado

CESTA1

Funcionários da Cesta do Povo de Senhor do Bonfim , localizada na praça Dr. José Gonçalves, no centro da cidade, fecharam as portas da loja  na tarde desta quarta-feira 10. O motivo é a possível transferência da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal),gestora da Cesta do Povo, para a iniciativa privada. A empresa  está entre os órgãos que serão extintos pela nova gestão do governador  eleito Rui Costa.Conforme a reforma administrativa anunciada pelo governador seis Secretarias serão extintas e três novas serão criadas, reduzindo o número de pastas para 26.

Na Bahia, são  2.657 funcionários (2013) ,da Ebal e Cesta do Povo.A loja de Senhor do Bonfim tem 27 funcionários  e a Central de Distribuição que abastece 45 unidades na região emprega diretamente  60 servidores.

Lucas Gabriel, operador da Central de Distribuição estava no protesto e reclamou da situação que os servidores estão vivendo.”A  gente não tem nenhuma informação oficial sobre o  futuro de todos  funcionários da empresa, estamos trabalhando num clima de total  insegurança , muitos  de nos somos concursado e nenhuma posição e dada por pelo governo do estado”.A Cesta do Povo está  presente em 236 municípios baianos, comercializando mais de 2.500 itens.

CESTA2

Programa Cesta do Povo – O Programa de Abastecimento de Alimentos Básicos foi criado em 1979, pelo então Governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, em sua segunda gestão. A implantação da Cesta do Povo foi anunciada em 1º de junho desse ano, e teve seu primeiro dia de funcionamento em 21 do mesmo mês.

O programa teve início com postos móveis, utilizando barracas desmontáveis e postos fixos, em bairros de periféricos de Salvador (Liberdade, Rio Vermelho, Nordeste de Amaralina, Pernambués, Cosme de Farias, Castelo Branco, Pau da Lima e Paripe), onde estavam concentrados o maior número de pessoas de baixo poder aquisitivo. Até o final de 1979, foram criados setenta postos-de-venda, para atender o aumento de demanda da população, sendo quatro deles implantados em Feira de Santana. Nesses postos, eram comercializados apenas seis produtos: farinha, feijão, arroz, açúcar, macarrão e peixe.

FALANDOTUDO.COM/FOTOS: SILVONEI VIANA