Projetos científicos que poderão mudar o mundo

Todos os anos, a Real Sociedade de Londres para o Melhoramento do Conhecimento Natural, ou apenas The Royal Society, lista algumas das descobertas científicas mais inovadoras e com o potencial de melhorar a vida das pessoas. A lista de 2016 já conta com projetos que saíram dos laboratórios e se encontram e fase de testes, conforme informações da BBC Brasil. Você pode conferir esses projetos abaixo.

 

1 – O problema do lixo espacial

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Desde o primeiro momento em que os seres humanos resolveram desbravar o espaço, cerca de 7 mil toneladas de lixo espacial foram dispostas à deriva fora da Terra. Esse lixo é uma verdadeira ameaça para satélites ativos, que incluem os que regulam o funcionamento da internet e telefonia, bem como a segurança dos astronautas.

Para resolver esse problema, uma missão espacial chamada de RemoveDebris (Removendo Destroços, em tradução livre) será lançada em 2017 para recolher todos esses destroços e trazê-los de volta à Terra. O dispositivo usará uma rede espacial, semelhante às de pesca, para capturar os objetos, que serão arrastados para dentro da nave e queimarão no momento em que entrarem na atmosfera. Os pedaços maiores que não se desintegrarem, serão guiados para o meio do Oceano.

 

2 – Rastreador de mosquitos

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O combate contra os mosquitos transmissores de doenças é um assunto de que nós brasileiros entendemos. Há anos os cientistas lutam contra uma espécie chamada de Anopheles capaz de transmitir a malária, causando cerca de 438 mil mortes por ano em todo o mundo.

O surgimento de uma certa resistência deles aos inseticidas já foi relatado em 60 países, com maiores riscos na África Ocidental e na Oriental. É necessário compreender primeiramente o comportamento do mosquito antes de enfrentá-lo, e um projeto chamado de “Diários do Mosquito”, desenvolvido por cientistas de Liverpool, Inglaterra, tenta fazer exatamente isso.

Os cientistas utilizaram câmeras de infravermelho para monitorar o caminho do inseto em volta de mosquiteiros que possuíam inseticidas em suas fibras. Assim, a ideia geral, que é bastante simples, era determinar por quanto tempo os mosquitos precisariam estar em contato com as redes de proteção até que morressem.

Em suma, a pesquisa abrirá novas portas para a criação de mosquiteiros e inseticidas mais eficazes, que poderão salvar milhares de vidas.

 

3 – Raio-X em 4D

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Foto: Reprodução / Diamond Light Source

Uma máquina chamada de Raio-X Síncroton 4D, permite que especialistas analisem o interior de materiais em quatro dimensões sem qualquer necessidade de cortes. O aparelho é, em essência, um microscópio gigante que funciona a partir de raios de luz dez bilhões de vezes mais brilhantes do que o Sol. Ele poderá ser utilizado na análise de magmas e fornecer maiores informações sobre erupções vulcânicas, bem como ter grande utilidade dentro do setor médico, já que poderia ajudar a entender como os implantes interagem com os tecidos do corpo humano.

Através de uma câmera disposta em um dos lados, as informações são reveladas pelos raios em imagens de altíssima resolução.

4 – Teia de aranha

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As teias das aranhas são constituídas de uma proteína que facilita a captura das presas. Dessa forma, pesquisadores de Oxford, estão trabalhando para desvendar a estrutura molecular da seda dessas teias para descobrir potenciais usos.

Até o momento, eles verificaram que a seda combinada com resinas poderia fornecer um ótimo material para fabricação de fibras mais resistentes a impactos. Ela também teria propriedades biológicas, testes clínicos estão sendo realizados para verificar a possibilidade de utilizar o material na recuperação da cartilagem de joelhos.

 

5 – Criação de ossos

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A fabricação de ossos também foi listada. A técnica, chamada de nanokicking é realizada por meio de células-tronco que, através de altas frequências, são transformadas em células ósseas. Elas são cultivadas a partir das células do paciente, sem a adição de químicos ou proteínas de crescimento. Os ossos resultantes seriam utilizados para reparar fraturas e também no tratamento de tumores ósseos.

BBC ] [ Fotos: Reprodução / ESA / Free Stock Photos / Pixabay / Wikipédia Pixabay ]