Paciente de Feira de Santana foi transferido para Salvador com suspeita de Ebola; caso é investigado

Segundo Edy Gomes, assim que foi levantada a suspeita de Ebola, o Clériston tomou todas as medidas de proteção para os outros pacientes e para a equipe médica, isolando o operário em uma sala.

Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Daniela Cardoso e Ney Silva

Um operário que trabalha em uma empresa de exploração de petróleo em Luanda, Capital de Angola, e que mora em Santo Estevão, foi conduzido na manhã desta quarta-feira (27) para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) com suspeita de Ebola. O diretor da 2ª Dires (Diretoria Regional de Saúde), Edy Gomes dos Santos, informou que o operário retornou ao Brasil no último dia 20 e começou a manifestar alguns sintomas da doença no dia seguinte.

“O paciente Genival da Silva de Jesus Batista deu entrada no Clériston na manhã desta quarta. Ele apresentou febre, dor de garganta, tosse e realizou auto-medicação. Daí passou a ter a piora do quadro, dando entrada no hospital. Ele estava com o resultado de alguns exames, descartando algumas patologias sugestivas para os sintomas que sentia, surgindo a suspeita de Ebola, por conta da região que ele veio”, explicou.

Segundo Edy Gomes, assim que foi levantada a suspeita de Ebola, o Clériston tomou todas as medidas de proteção para os outros pacientes e para a equipe médica, isolando o operário em uma sala, além de acionar o Centro de Investigação de Agravo Epidêmico de Saúde Pública, que conduziu a regulação do paciente para o Hospital Couto Maia, em Salvador, onde o mesmo se encontra.

“Ele ficou muito pouco tempo no Clériston. Assim que ele disse que veio de Angola, foi isolado e todos os cuidados foram adotados. O material para a comprovação da doença é feito na Fiocruz do Rio de Janeiro e se a suspeita se comprovar, vamos fazer a condução correta do caso”, afirmou.

O diretor da 2ª Dires disse que ainda não é necessário investigar a família do operário, já que não há a confirmação do caso. “Ele apresentou alguns sintomas, veio de uma região onde nesse momento já existem casos e isso chama a suspeita, pois não conseguimos fechar outro diagnóstico, mas ainda não há a confirmação de que ele esteja com a doença”, ressaltou.

De acordo com a diretora nacional de Saúde Pública angolana, Adelaide de Carvalho, à agência de notícias Lusa, não existem casos confirmados, nem sequer rumores, de pessoas infectadas por Ebola em Angola. No entanto, o país passou a integrar o grupo de países com risco “moderado a alto” de infecção, por possuir um país vizinho, o Congo, com a epidemia confirmada.Acordacidade