Estudo aponta idade ideal para parar de fumar e reduzir risco de morte

 

Cientistas identificaram que deixar hábito até os 35 anos reduz risco de morte ao nível de um não fumante

Publicado quinta-feira, 27 de outubro de 2022 às 12:58 h | Atualizado em 27/10/2022, 14:39 | Autor: Da Redação

Descoberta é resultado de um estudo publicado na revista JAMA, que analisou 500 mil adultos
Descoberta é resultado de um estudo publicado na revista JAMA, que analisou 500 mil adultos –
Pessoas que pararam de fumar até os 35 anos reduzem o risco de morte ao nível de quem nunca fumou um cigarro. A descoberta é resultado de um estudo publicado na revista JAMA, que analisou 500 mil adultos. O trabalho foi realizado por cientistas da Sociedade Americana do Câncer, da Universidade de Oxford e da Universidade Nacional da Malásia.

Na pesquisa, os pesquisadores usaram dados do National Health Survey dos EUA e do National Death Index, que registra os óbitos do país. Eles analisaram o preenchimento de questionários entre janeiro de 1997 e dezembro de 2018. Os participantes tinham entre 25 e 84 anos no momento do recrutamento. Entre eles foram incluídos fumantes atuais, ex-fumantes e não fumantes, que eram pessoas que fumaram menos de 100 cigarros na vida.

Segundo o estudo, 75 mil dessas pessoas morreram até o final de 2019. A mortalidade entre fumantes foi maior por qualquer causa em comparação com os que nunca fumaram. A probabilidade de morte por câncer, doenças cardíacas ou pulmonares também aumentaram.

Já as pessoas que deixaram o hábito antes dos 35 anos reduziram o risco de morte igual ao nível de pessoas que nunca fumaram. Contudo, pessoas que largaram o cigarro em idades mais avançadas também tiveram benefícios substanciais, mas as taxas de mortalidades foram maiores do que o público anterior.

De acordo com o estudo, ex-fumantes que deixaram o cigarro entre 35 e 44 anos apresentaram um aumento de 21% de risco de morte por qualquer causa. Já aqueles que pararam entre 45 e 54 anos mostraram um risco de morte por todas as causas 47% maior do que quem nunca fumou.

“Entre homens e mulheres de diversos grupos raciais e étnicos, o tabagismo atual foi associado a pelo menos o dobro da taxa de mortalidade por todas as causas (em comparação a) nunca fumar. […] Parar de fumar, particularmente em idades mais jovens, foi associado a reduções substanciais no excesso relativo de mortalidade associado ao tabagismo contínuo”, escreveram os responsáveis pela pesquisa.