Estou com coronavírus, mas sintomas são leves. O que faço para melhorar?

 

A recomendação do Ministério da Saúde para quem tem sintomas leves como febre baixa, coriza, tosse e dor de garganta é que procure os postos de saúde, se sentir necessidade de atendimento médico. Mas, no geral, é para ficar em casa. O governo quer priorizar o atendimento em postos de saúde para quem tem sintomas mais graves, como dificuldade para respirar. A medida é para evitar que se aumente ainda mais o número de infectados nos hospitais, repletos de vírus e bactérias. Isso também funciona para não superlotar os ambulatórios e leitos, que devem ser reservados para quem já está com falta de ar.

Para quem está em casa, os cuidados são como os tomados durante uma gripe, segundo Alexandre Naime Barbosa, infectologista chefe do departamento de infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). Embora não exista, até agora, um tratamento específico para a covid-19, medicamentos para os sintomas são recomendados, assim como repouso, alimentação adequada e hidratação. “Beber pelo menos de dois a três litros d’água por dia e manter uma alimentação saudável. Evite fast-food, que não tem valor nutricional”, diz Barbosa. Assim como a gripe, o novo coronavírus depende mais da condição imunológica do paciente do que da existência de algum remédio específico. Portanto, evitar que a imunidade baixe mais ainda é essencial.

Quais medicamentos tomar Novamente, a automedicação só é indicada para o caso de sintomas leves. Antitérmicos, para baixar a febre, e analgésicos, para dores, ajudam. Recentemente, o ministro da Saúde da França levantou uma preocupação com o uso de Ibuprofeno no combate aos sintomas do novo coronavírus. O anti-inflamatório leve, vendido comercialmente no Brasil sob diversos nomes, incluindo Advil e Motrin, foi associado a um agravamento da doença em um estudo publicado no periódico The Lancet, no dia 11 de março. Ainda não existem estudos suficientes para estabelecer uma contra-indicação formal, mas os especialistas acreditam que, tratando-se de automedicação, é melhor evitar o medicamento. Barbosa diz que, por precaução, é melhor preferir paracetamol ou dipirona para diminuir a febre.