DPT da Bahia é referência no Norte e Nordeste

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Referência em investigação no Norte e Nordeste, o Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DTP) dispõe de um Laboratório de Genética Forense com equipamentos modernos que permitem a realização de perícias em amostras de sangue, ossos, mucosa oral e outros materiais biológicos, auxiliando na elucidação dos crimes.

Entre os aparelhos mais avançados, destaca-se o Microscópio Eletrônico de Varredura, com possibilidades de análise tanto em alto e baixo vácuo quanto no modo ambiental, que vem com um software específico para análise de resíduos de disparos de armas de fogo. Por meio da análise dos vestígios deixados nas cenas dos delitos, os peritos conseguem identificar armas, drogas e materiais biológicos.

“Uma análise desta leva em torno de 4 a 5 horas, mas é um resultado de qualidade”, afirma o coordenador de química do DPT, Jorge Luis dos Santos. Ele enfatiza que antes era apenas identificado chumbo, o que não era suficiente para garantir se o indivíduo participou de um evento em que ocorreu o disparo de arma de fogo, mas com a ferramenta, uma das mais modernas do mundo, “somos capazes de identificar outras substâncias que comprovam com mais eficiência”.

Tecnologia de ponta

Profissionais especializados e tecnologia de ponta são responsáveis pela eficácia do trabalho realizado pelo DTP, que conta ainda com um moderno Sistema de Identificação Balística [Integrated Ballistic Identification System – IBS], responsável por correlacionar crimes ocorridos em momentos distintos. Com isso, é possível analisar imagens de projéteis em um banco de dados e saber de que arma foi disparado e fazer correlação com outros crimes e armas que estejam no sistema.

“A ideia é até 2014 ampliar o Ibis a todas as armas de policiais, um projeto pioneiro no país que deve ter um investimento de cerca de R$ 3,9 milhões. Isso facilitará a identificação em análise de bala perdida, por exemplo”, destaca o diretor-geral do DPT, Élson Jefferson Neves da Silva.

O trabalho toxicológico do DTP também é feito com precisão, por meio da utilização de um cromatógrafo que analisa e identifica substâncias como remédios e drogas. “O indivíduo vem para fazer uma coleta, ou mesmo quando analisamos um cadáver, em casos em que há indícios de uso de drogas, é feita uma extração deste material biológico e realizada a confirmação através de análise instrumental”, informa a coordenadora de análise instrumental, Celinalva Lima Oliveira.

Expansão dos serviços contempla municípios do interior

Cerca de mil peritos atuam na Bahia entre criminais, médicos legistas, odonto-legais e técnicos. O diretor-geral do DPT afirmou que, além dos equipamentos modernos, o departamento está se instalando em diversas cidades do interior para dinamizar serviços como levantamento cadavérico e perícia.

“Até o fim deste ano serão implantados 10 laboratórios no interior do estado. Já implantamos em Itabuna, Ilhéus e Feira de Santana, as próximas cidades serão Teixeira de Freitas, Juazeiro, Irecê e Barreiras”.

De acordo com Élson Jefferson, atualmente são capacitados servidores do interior em balística e em toxicologia. O próximo passo, segundo ele, será a implantação dos laboratórios.

Recentemente foram adquiridos novos coletes balísticos, viaturas, rabecões e radiocomunicadores tanto para Salvador quanto para outros municípios baianos. Atualmente, o Departamento de Polícia Técnica da Bahia conta com 26 coordenações regionais.

ascom